terça-feira, 13 de novembro de 2012

ALUNOS PRODUZEM TEXTOS A PARTIR DE ENTREVISTAS

TEXTO 2: 

AQUELA INFÂNCIA

Eu nasci no sítio Lajes, no dia 10/05/1954. No tempo eu que eu nasci não tinha médico para fazer o parto. Vinham as parteiras para fazer os partos nas casas das grávidas.

No meu tempo, as crianças viviam nos matos,  pois os pais não tinha aquele cuidado especial com os filhos. Vivíamos nos açudes tomando banho e pescando.

Recordo-me do melhor presente que eu ganhei em minha infância, o qual foi uma espingardinha. Ah! Como fiquei feliz em receber aquele presente de minha mãe.

Não tinha remédio para os doentes e quem entregava os remédios era um velhinho que morava na Chã, ele se chamava Elói. As aplicações na minha casa eram muito grandes. Minha mãe teve 19 filhos, mas infelizmente morreram 10 por causa das doenças que matavam, como o sarampo, a meningite entre outras.

Meus amigos e eu brincávamos bastante de cobra-cega, do poço, bicho-cuia, anel, Pastorinho, reisado e outras mais que gostávamos bastante. Tão bom aquele tempo em que passávamos as tardes brincando e perambulando nos matos, nas estradas e nas casas dos vizinhos. Ah! Como minha infância foi ótima! Era tudo calmo e tranquilo, não existia as coisas de hoje em dia.

Nos finais de semana fazíamos boquinha de noite (visitas) com os amigos e a família na dos casa vizinhos. Retornávamos para casa por volta das oito ou nove horas da noite.

Comecei a paquerar com 12 anos, mandávamos recadinhos para as meninas. Nos nossos namoros não existia beijo, pegávamos apenas na mão um do outro. Conheci minha primeira namorada, o nome dela era Maria. Eu tinha 13 anos e ela apenas 11. Tive muitas namoradas, entre elas minha atual esposa, chamada Nilza Fernandes de Queiroz, mais conhecida por Nilza de Fulor. Casei-me com ela com 25 anos de idade, enquanto ela tinha 20, no dia 02 de junho de 1979. O casamento aconteceu no Cartório da cidade de Martins. Como foi bom aquele dia, pois a partir dali estaria construindo a minha vida.

Hoje em dia, o meu passa tempo é criar animais, o que gosto muito. Vivo minha vida feliz, bem casado há 35 anos, moro em casa própria na rua Eugênio Costa, no centro da cidade de Serrinha dos Pintos/RN.

Momentos que passei na minha infância, bons ou ruins,  jamais serão esquecidos de minha memória, pois eles só acontecem uma vez na vida e jamais voltam.


História baseada na vida de Antônio Evilásio de Queiroz - 58 anos.


Autora: Ana Paula, aluna do 8º ano da Escola Municipal Leís Gomes de Oliveira, Serrinha dos Pintos/RN.