quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO LETIVO DA E. E. EGÍDIO FERNANDES


Neste 19/12, quarta-feira, a escola Municipal Egídio Fernandes de Souza encerrou o ano letivo de 2012 com uma maravilhosa confraternização entre seus funcionários, como foi feito no ano passado.
O evento mais uma vez foi organizado pela diretora Aucilene. Evento este bastante descontraído com direito a amigo(a) secreto(a), comes e bebes e muitas gargalhadas. Ainda contamos com a presença ilustre do vereador, o Subtenente Clementino.
Vejam as imagens deste momento de descontração:






























domingo, 16 de dezembro de 2012

CORDEIS DO PROFESSOR ANACLETO - PARTE 01

José Anacleto, poesias do sertão.

Imagens ilustrativas do Google

E mais uma vez eu quebrei
Por que fui vender fiado.


Quando não tinha emprego
Com medo de passar fome
E querendo ganhar nome
Pois, da fome tinha medo;
E pra garantir o sossego
Pra não ficar desocupado
Já que era mal falado
Tudo que é negócio inventei
E mais uma vez eu quebrei
Por que fui vender fiado.

Pensava parar não posso,
E com a precisão de dinheiro
Já começava janeiro
Pensando no melhor negócio
E como não tinha sócio
Tinha que ter rebolado
Pra ganhar o meu trocado
Muitos negócios botei
E mais uma vez eu quebrei
Por que fui vender fiado.


Logo na mocidade
No campo vendi picolé
Ao homem, menino e mulher;
Pra isso tinha capacidade
Apesar da pouca idade
Ninguém chegava ao meu lado
Tanto que era falado
E pra vender me empolguei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado.

Porém eu era teimoso
Sai fui vender banana
Todo final de semana,
Para o comércio era jeitoso
E com um jeitinho manhoso
O cliente ficava empolgado
Mais eu é quem era enrolado
E de novo eu me ferrei
E mais uma vez eu quebrei

Porque fui vender fiado.

Sai dali fui vender manga
Devido à precisão
Arrumei um carro de mão
Parecido com uma charanga
E cobri com uma tanga
E o sucesso foi alcançado
Grande foi o resultado
Que muita gente endividei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado.

Já depois de muito tempo
Fiz mais uma tentativa
Tomei uma iniciativa
Como uma cabeça de vento
E por falta de invento
Coloquei um bar ao lado
Fiz uns bingos, uns ajeitados;
E novamente não prosperei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado



 Muita gente me devia
Até quem era bacana
Tem um bocado que engana
Gente que ninguém dizia
Era o pior que havia
Que tinha negócio enrolado
E mesmo quando era cobrado
Falava não te comprei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado.

Vender sem compromisso
Não presta para ninguém
Porque você fica também
Sem palavra e omisso,
Não cumpre seus compromissos
E o negócio fica enrolado
E você quem é cobrado
Pense num negócio fei;
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado.

Tem uns que parece ser de bem
Que na hora da entrevista
Tem umas conversas bonitas
E compra o melhor que tem
E nunca mais ali vem
Com você fica intrigado
E quando o assunto é falado
Diz que não tem aperrei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado

Há o pagador custoso
Mais paga bem direitinho
Às vezes num longo caminho
Pra pagar é vagaroso
De um jeito lento e custoso
De comprar não tem cuidado
E por ser desorganizado
Acaba fazendo fei
E mais uma vez eu quebrei
Porque fui vender fiado.

Até trocando azulão
O fiado muito cresceu
E mais uma vez sobrou pra eu
E por não ter opinião
Não gostar de confusão
Deixei todo negócio enrolado
Hoje vivo sossegado
Vou pagar o que comprei
E toda vez que quebrei
Foi por conta do fiado!


José Anacleto da Silva Filho

12/12/2012.